Com a facilidade de acesso a informações por meio da internet e a ascensão das tecnologias digitais que trazem inovações e novos modos de se ver, ser e agir no mundo, onde fica o professor? É uma profissão ultrapassada? Ele vai ser substituído pelas tecnologias?
Na verdade, essa profissão sempre foi e será necessária para a formação do ser humano. O que temos acompanhado é a mudança na percepção do papel do professor e da educação. Hoje, o grande desafio é desenvolver práticas pedagógicas que sejam capazes de formar alunos criativos, reflexivos, críticos, colaborativos e que saibam construir soluções.
Para isso, só o modelo de educação tradicional não é o suficiente. O professor precisa inovar para criar aulas com experiências vivas de aprendizagem, que motivem os alunos e que permitam o desenvolvimento das competências necessárias.
As metodologias ativas têm se destacado quando se busca por diretrizes que auxiliem na construção de estratégias de ensino focadas na participação ativa dos alunos em seu processo de ensino-aprendizagem, respeitando as suas individualidades e formas de aprender.
Nessas estratégias, a aprendizagem se desenvolve em três momentos:
1 – O aluno começa a construir individualmente o seu processo de aprendizagem. É ele quem escolhe como e qual caminho deve percorrer para aprender.
2 – Em seguida, há o momento em que o aluno amplia a sua aprendizagem ao interagir e compartilhar o que aprendeu com seus pares e diferentes grupos.
3 – Por fim, o aluno aprende com as pessoas mais experientes – o professor – que vai orientar e mediar o que foi aprendido por meio de atividades sistematizadas, que consolidem o conhecimento.
Mas não se engane! Esse processo é complexo e precisa ser planejado nos mínimos detalhes. Para que tenha sucesso, é preciso, antes de qualquer coisa, conhecer os seus alunos! Conhecer suas motivações (e também o que os desmotiva), descobrir como enxergam o mundo e o que valorizam é essencial para construir o perfil de cada um. Feito isso, fica mais fácil planejar as suas aulas e personalizá-la de acordo com as diferentes formas de aprender dos seus alunos!
Sabemos que não dá para mergulhar de cabeça nas metodologias ativas sem conhecê-las profundamente. Por isso, compilamos algumas estratégias pontuais que podem ajudar a construir aulas presenciais ou remotas que podem envolver ativamente os seus alunos.
Quando se assume um compromisso publicamente, a tendência é se sentir estimulado a cumpri-lo. Nesse sentido, que tal fazer um contrato de aprendizagem com os seus alunos? Nas metodologias que envolvem a participação ativa do estudante, precisamos evidenciar que ele também é o responsável pelo seu processo de ensino-aprendizagem.
Um contrato de aprendizagem pode torná-lo consciente de sua responsabilidade e gerar empatia e engajamento no processo de aquisição de conhecimento! O documento precisa conter o plano de ensino associado aos conhecimentos e competências que o estudante já possui e aos que precisa desenvolver.
Para as crianças menores, vale a pena construir os combinados da turma junto com os sujeitos de pouca idade. Deixe que elas negociem entre si o que podem ou não fazer, quais atitudes um bom aluno deve ter e quais são as consequências para aqueles que não cumprem o combinado.
No livro “A Sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo” tem um exemplo de contrato que pode ser feito com seus alunos!
Essa estratégia pode ser desenvolvida individualmente ou em grupos e serve para apresentar aos alunos um problema que precisa ser solucionado.
Para começar na busca da sua solução, os estudantes precisam identificar o problema, compreendê-lo, analisá-lo, desenvolver argumentos, propor soluções – e quem sabe testá-las. Esse tipo de atividade pode fortalecer a autonomia, a tomada de decisão, a argumentação,o trabalho em equipe e muito mais!
Essa é uma técnica utilizada no contexto corporativo, mas que pode trazer bons resultados para a educação.No discurso do elevador, a pessoa só possui entre 3 a 5 minutos para se apresentar (o tempo pode ser definido de acordo com a estratégia, mas o ponto é ter um período curto de tempo). E se, para finalizar o desenvolvimento de uma matéria em específico, você pedir que seus alunos apresentem as reflexões sobre o que foi passado?
Para que os alunos façam esse discurso, oriente-os no que diz respeito à dinâmica da técnica, defina o conteúdo, o período para que os alunos possam rever a matéria e desenvolver o discurso, determine se o discurso vai ser realizado individualmente ou em grupo e agende o dia da apresentação.
Também é super importante orientá-los no que diz respeito a técnicas para planejar o que e como vai ser dito (escolha dos tópicos-chave, por exemplo) e apresentação do discurso (ensaiar a apresentação, trabalhar a pronúncia das palavras…).
O movimento maker traz uma proposta de aprendizagem baseada no experimento e permite adotar a proposta da aula maker com materiais recicláveis e de baixo custo.
Um exemplo clássico é o experimento cujo conteúdo é a densidade – como atividade para se fazer na sala de aula ou em casa. Nele, o aluno pode pegar uma vasilha de plástico e colocar diversos tipos de materiais (papel, lápis, balão, feijão cru, frutas, pedra). Ao perceber que alguns materiais vão flutuar e outros afundar, os alunos vão ficar curiosos para saber a razão disso acontecer, o que vai aumentar a participação e engajamento deles.
Você também pode pedir que criem músicas, poemas, formas geométricas com materiais recicláveis. A criatividade não tem limites!
A aprendizagem é construída com pequenos passos e os conhecimentos precisam ser articulados juntos com as competências que precisam ser desenvolvidas para se viver melhor.
Aprender não é sobre estar certo ou errado nas atividades que são dadas em sala de aula, mas sobre desenvolver competências que permitam a abertura para a constante aprendizagem e a solução de desafios aplicando o que aprendeu na sua realidade.
Esperamos que tenham gostado dessas dicas e que inclua pelo menos uma delas no planejamento das suas aulas. Você vai perceber a diferença que faz! Por aqui, vamos explorar esses assuntos e trazer para vocês as tantas outras estratégias e novidades que podem te ajudar a construir aulas cada vez mais inovadoras, que envolvam a participação dos alunos e carregadas de sentidos e experiências.
Até a próxima!
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